SÍTIO PAI CORAL
No ano de 1983, o Padrinho (Elmo Lenzi) e a Madrinha (Maria Natalícia Lenzi), Caciques fundadores do Templo, decidiram comprar um local reservado para os reforços de cabeça (cachoeira e rio) dos médiuns do Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida (CEUNSA), pois já estavam cansados de procurar lugares que eram também usados por outros Terreiros, que não tinham o hábito de deixar tudo limpo como encontrado, com restos de animais e comidas. Como a Mãe Jurema ao longo dos anos vinha purificando e elevando a vibração do Templo (o que faz até hoje em dia), isso não era admissível. Como o Padrinho adorava ficar no campo, também seria um local de lazer para os dois.
Passados 10 anos, num final de semana de descanso, a Madrinha incorporou a Mãe Jurema, que deu todas as orientações ao então Presidente, Antônio Francisco Deolinda, de como queria que construíssem um Templo naquele local, para meditações e trabalhos espirituais. Quando adquiriram o sítio, o Padrinho e a Madrinha já tinham a ideia de doarem o local para o Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida, após seus falecimentos. O que foi realizado através de testamento, pois não tinham herdeiros diretos.
No sítio havia aproximadamente 70% de vegetação nativa, que foi em parte devastada por moradores vizinhos. Em 2004, então, foi registrada uma queixa na Promotoria de Justiça de Taquara pelo então Presidente, já citado. E a mata nativa foi sendo reflorestada pelos associados e membros do Centro Espírita.
Segundo a Suzana, aconteceram muitas coisas engraçadas, como:
- a Kombi do Padrinho atolou e precisou ser puxada por uma carreta de bois;
- a estrada era cheia de buracos e o carro da Suzana ficou sem freio em uma saída de lá, com o carro lotado. Graças à proteção nada aconteceu (ia rezando e pedindo ajuda, que recebeu);
- os Mórmons, antigos donos do sítio que faz divisa pelo Córrego, levaram um susto quando nos viram fazendo os reforços de cabeça dos médiuns na cachoeira;
- os borrachudos que nos enlouqueciam e ainda enlouquecem;
E, principalmente, toda a transformação do lugar, que aos poucos foi se tornando lindo, porque nem tudo era básico.
Em 2005, a Cacique (Iara Rodrigues), ‘batizou-o de Sítio Pai Coral, em homenagem ao Guia do Padrinho.
No ano de 2012, a Jurema das Matas Virgens, Cacique Espiritual, decidiu que a Homenagem à Mãe Jurema, realizada no dia da fundação do Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida (dia 07 de setembro), seria comemorada neste abençoado sítio, com seus filhos e frequentadores, cuidando e enfeitando-o, tornando-o cada vez mais energizado.