SÍTIO PAI CORAL

 

                       No ano de 1983, o Padrinho (Elmo Lenzi) e a Madrinha (Maria Natalícia Lenzi), Caciques fundadores do Templo, decidiram comprar um local reservado para os reforços de cabeça (cachoeira e rio) dos médiuns do Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida (CEUNSA), pois já estavam cansados de procurar lugares que eram também usados por outros Terreiros, que não tinham o hábito de deixar tudo limpo como encontrado, com restos de animais e comidas. Como a Mãe Jurema ao longo dos anos vinha purificando e elevando a vibração do Templo (o que faz até hoje em dia), isso não era admissível. Como o Padrinho adorava ficar no campo, também seria um local de lazer para os dois.

              Neste mesmo ano, levados por uma médium (Maria Suzana Dolce), foram visitar uma propriedade, com um pequeno córrego, de aproximadamente 1,5 hectares, na localidade de Paredão Baixo, RS 020, parada 117,  pertencente ao Município de Taquara. Aprovaram o local e o sítio foi adquirido logo em seguida pelo Padrinho, com dinheiro economizado há muito tempo pelos dois. Na parte de cima do terreno foi construída uma casa para o casal passar os finais de semana. Na parte de baixo, onde tem uma pequena cachoeira, emprestavam para o Templo. A partir daí, todos os finais de semana, mais precisamente no sábado, bem cedinho, o Padrinho pegava a sua Kombi cheia de garrafões de água para beberem, a galinha Carlota e o “Meu Bem” (era assim que o Padrinho chamava a Madrinha) e rumavam para o sítio.

               Passados 10 anos, num final de semana de descanso, a Madrinha incorporou a Mãe Jurema, que deu todas as orientações ao então Presidente, Antônio Francisco Deolinda, de como queria que construíssem um Templo naquele local, para meditações e trabalhos espirituais. Quando adquiriram o sítio, o Padrinho e a Madrinha já tinham a ideia de doarem o local para o Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida, após seus falecimentos. O que foi realizado através de testamento, pois não tinham herdeiros diretos.

               No sítio havia aproximadamente 70% de vegetação nativa, que foi em parte devastada por moradores vizinhos. Em 2004, então, foi registrada uma queixa na Promotoria de Justiça de Taquara pelo então Presidente, já citado. E a mata nativa foi sendo reflorestada pelos associados e membros do Centro Espírita.

               Segundo a Suzana, aconteceram muitas coisas engraçadas, como:

  • a Kombi do Padrinho atolou e precisou ser puxada por uma carreta de bois;
  • a estrada era cheia de buracos e o carro da Suzana ficou sem freio em uma saída de lá, com o carro lotado. Graças à proteção nada aconteceu (ia rezando e pedindo ajuda, que recebeu);
  • os Mórmons, antigos donos do sítio que faz divisa pelo Córrego, levaram um susto quando nos viram fazendo os reforços de cabeça dos médiuns na cachoeira;
  • os borrachudos que nos enlouqueciam e ainda enlouquecem;

               E, principalmente, toda a transformação do lugar, que aos poucos foi se tornando lindo, porque nem tudo era básico.

               Em 2005, a Cacique (Iara Rodrigues), ‘batizou-o de Sítio Pai Coral, em homenagem ao Guia do Padrinho.

               No ano de 2012, a Jurema das Matas Virgens, Cacique Espiritual, decidiu que a Homenagem à Mãe Jurema, realizada no dia da fundação do Centro Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida (dia 07 de setembro), seria comemorada neste abençoado sítio, com seus filhos e frequentadores, cuidando e enfeitando-o, tornando-o cada vez mais energizado.

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